quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

MP DEFENDE MAIOR RESTRIÇÃO A BEBIDA ALCOOLICA NOS ESTÁDIOS DE FUTEBOL





 Para coordenador de grupo de combate à violência nos estádios, chance de vítima fatal em batalha de Joinville seria maior se houvesse venda de bebidas no estádio

Bruno Winckler - iG São Paulo  Atualizada às 
O Ministério Público Federal tem uma sugestão para tentar diminuir os casos de violência nos estádios brasileiros como os do último domingo em Joinville: aumentar a restrição à comercialização de bebida alcoólica nos arredores dos estádios. Para o coordenador do Grupo Permanente de Prevenção e Combate à Violência nos Estádios e promotor de Justiça de Minas Gerais, José Antônio Baêta, as restrições existentes desde 2007 devem ser ampliadas e afirma: "Se tivesse bebida sendo vendida em Joinville teria morte. Isso é certeza". O grupo existe desde 2006.
Segundo Baêta, estatísticas feitas pelo Ministério da Justiça, pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, mostram que as incidências policiais diminuíram substancialmente quando foram implantadas as resoluções do Estatuto do Torcedor que proíbem a venda de bebidas alcóolicas dentro dos estádios. O iG teve acesso a esses relatórios (veja a reprodução de uma página desse estudo abaixo). 
Reprodução
Levantamento do MP com números de ocorrências antes e depois da restrição das bebidas nos estádios

"Hoje, pelo Estatuto, existe a restrição ao consumo de bebidas alcoólicas no interior dos estádios. Para o próximo ano a intenção agora é trabalhar no sentido de restringir o consumo de bebida alcoólica nos arredores e adjacências dos estádios", disse Baêta. "Só há um interessado em acabar com a lei que proíbe a venda de bebidas: o dono de bar. Mas está provado que sem o álcool o número de ocorrências diminui muito. Não tem como negar isso".
Entre os estudiosos do fenômeno da violência entre as torcidas há também um consenso de que o veto à venda de bebidas alcóolicas, ainda que uma medida pontual, é eficiente para lidar com o problema. Essa é a opinião do sociólogo Mauricio Murad, autor do livro "Violência no futebol".         Todas as notícias relacionadas aqui

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